Frigorífico disse também que não há comprovação cientifica até o momento de transmissão do vírus da Covid-19 a partir de alimentos ou embalagens de alimentos congelados.
O frigorífico Aurora em Chapecó, no Oeste catarinense, de onde teria saído o lote de frango no qual teria sido detectada a presença de coronavírus em uma cidade chinesa, disse que não há qualquer confirmação oficial por parte do governo da China sobre o ocorrido. Afirmou também que não há comprovação cientifica até o momento de transmissão do vírus da Covid-19 a partir de alimentos ou embalagens de alimentos congelados.
“Trata-se, por ora, apenas de fato originário de notícia veiculada em imprensa local regional daquele país asiático, sem qualquer confirmação oficial por parte da autoridade pública nacional da China”, disse por meio de nota a Cooperativa Central Aurora Alimentos.
Afirmou ainda também que vai esperar a manifestação por parte da autoridade pública competente para esclarecer os fatos e que segue medidas de combate à pandemia, cumprindo normas legais vigentes e exigências sanitárias. Conforme o frigorífico, a mercadoria leva 40 dias para chegar à China.
O anúncio de que foi encontrado o novo coronavírus em um controle de rotina de frango importado do Brasil foi feito nesta quinta pela prefeitura de Shenzhen, cidade da China próxima de Hong Kong.
“O vírus Sars-CoV-2, responsável pela doença Covid-19, foi encontrado recentemente em uma amostra coletada da superfície de um lote de asas de frango congeladas importadas”, informou um comunicado divulgado pela Sede de Prevenção e Controle de Epidemias de Shenzhen.
Nesta quinta, o Ministério da Agricultura disse que também não foi notificado oficialmente pelas autoridades chinesas sobre a ocorrência. O Brasil tem atualmente seis frigoríficos com exportações suspensas para a China por causa de preocupações com a Covid-19 — nenhum deles é da Aurora.
A suposta contaminação em pacote de frango importado do Brasil é pouco provável, segundo especialistas, porque, entre outros motivos, não há comprovação de que o vírus, ainda que congelado, consiga sobreviver na superfície por longos períodos.
“Por isso, é muito pouco provável que o produto tenha sido contaminado no Brasil. O mais provável é que a contaminação tenha ocorrido no final, já na China, depois de ser manipulado por alguém contaminado”, afirma o infectologista Marcelo Otsuba.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) comentou nesta quinta que a notícia sobre o caso não deve causar pânico na população.
FONTE: SANTA