Trabalhadores submetidos aos exames não poderão retornar às atividades até o resultado. O acordo não está relacionado ao anúncio feito pela China sobre detecção do coronavírus em amostra de frango.
A Aurora Alimentos assinou acordo com o Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT) e vai fazer testes do tipo RT-PCR para diagnósticos de Covid-19 em aproximadamente 11 mil trabalhadores, inclusive terceirizados, em duas etapas. Os empregados são das unidades de Guatambú, Xaxim e duas de Chapecó, cidades do Oeste do estado. A testagem começa na sexta-feira (21).
O MPT informou que o acordo com a Aurora foi feito em 4 de agosto e que a testagem dos funcionários não está relacionada ao anúncio feito pela China de que encontrou coronavírus em uma amostra de frango importada.
Os exames RT-PCR são considerados os mais confiáveis para detecção do novo coronavírus. O acordo foi firmado após audiências com a Cooperativa Central Aurora Alimentos, e a informação foi divulgada pelo MPT nesta segunda-feira (17). O G1 ainda aguarda resposta da empresa.
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As duas fases de testagens terão intervalos de 14 a 21 dias, podendo chegar a 22 mil procedimentos, o que representa cerca de 10% do total dos 220 mil exames já realizados pelo governo de Santa Catarina desde o início da pandemia, segundo o Ministério Público do Trabalho.
Os trabalhadores submetidos aos testes não poderão retornar às atividades até o resultado dos exames e após avaliação clínica para checar as condições de saúde e identificação de eventuais empregados com sintomas.
Os funcionários que testarem positivo para a Covid-19 ficarão afastados por 14 dias e só vão retornar ao trabalho se estiverem assintomáticos há pelo menos 72 horas. Os que tiveram resultados negativos poderão voltar ao trabalho, desde que assintomáticos há 72 horas.
Também está previsto o acompanhamento de equipe da Gerência de Saúde do Trabalhador da Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive-SC), da Vigilância Sanitária Municipal, do Ambulatório de Saúde do Trabalhador do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) Regional de Chapecó.
G1