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Enxurrada em Guabiruba afeta 2 mil pessoas e prefeitura decreta situação de emergência

Cerca de 2 mil pessoas foram afetadas pela enxurrada causada após 170 milímetros de chuva caírem na noite deste domingo (24), em Guabiruba, no Médio Vale do Itajaí. A cidade decretou situação de emergência e já começa a buscar recursos para se reerguer, em meio à lama e aos escombros das casas que foram destruídas pela força das águas. O prejuízo chega a meio milhão de reaisàs estruturas públicas, sem contar os danos a imóveis particulares, de acordo com o levantamento feito pela Defesa Civil e pela prefeitura.
Ao todo, 30 pessoas continuavam desalojadas na manhã desta terça-feira (26). Cerca de 240 casas foram tomadas pela água e 15 ruas tiveram a pavimentação arrancada e viraram verdadeiros “rios”, como mostram imagens feitas por um morador no início da noite de domingo. O prefeito, Valmir Zirke (PP), diz ter se assustado quando soube o que estava acontecendo.
— Fui vice-prefeito por oito anos e nunca tinha visto nada parecido. Quando soube da situação fiquei assustado, nós não tínhamos previsão do que havia acontecido. Ficamos preocupados com a vida das pessoas, porque os bens materiais nós conseguimos recuperar, mas a vida não tem preço — lembra Zirke.

A cidade busca aos poucos voltar para a normalidade. As equipes da Defesa Civil ainda tentam chegar em alguns locais do bairro Lageado Alto, um dos mais afetados. Já as equipes de assistência social estão prestando todo o serviço necessário para que as pessoas tenham água potável, já que a maioria das casas têm poços artesianos e a energia não foi totalmente restabelecida para que eles voltem a funcionar.
— Nós vamos buscar recursos através da Defesa Civil do Estado, apesar de pessoas já estarem ajudando com doações de alimentos, móveis, roupas e até disponibilizando a própria cada como moradia temporária para os desabrigados — conta o prefeito.

Além da reconstrução, o prefeito também fala das ações futuras para que estragos como este não voltem a acontecer com tanta intensidade e, caso aconteçam, que haja um preparo eficiente para conseguir ajudar a todos.
— Achamos que nunca vai acontecer com a gente. Que só passa na televisão e que nunca vai nos afetar. Isso nos mostra o quanto somos frágeis — desabafa Zirke.

Nos próximos dias a prefeitura e a Defesa Civil continuarão os trabalhos para a limpeza das ruas, atendimento das famílias afetadas e para que os recursos cheguem o mais rápido possível à cidade.