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O impacto do trabalho na saúde mental dos colaboradores: Como as lideranças podem garantir um melhor ambiente de trabalho.

Discussões a respeito da importância de se ter um ambiente profissional saudável emocionalmente é cada vez mais urgente e atual.

A saúde mental nunca esteve tão em evidência. Viemos sobrevivendo ao caos pandêmico que descontruiu cenários familiares e profissionais e que nos impôs a todos, a condição de remodelar, adaptar nossos fazeres e nossa visão diante de tudo. Vimos crescer consideravelmente, a olhos vistos, a procura por soluções completas para suprir não só o cuidado com a saúde física, mas, principalmente, com a saúde mental e emocional, todas essenciais à integridade do ser humano.

Partindo do pressuposto que TER SAUDE MENTAL É:

– Estar bem consigo mesmo e com os outros;

– Aceitar as exigências da vida;

– Saber lidar com as boas emoções e também com as que nos desagradam, pois, elas fazem parte da vida;

– Reconhecer os limites e quando necessário buscar ajuda, dentre outros.

Podemos entender que a “saúde mental” de uma pessoa está associada à forma como ela reage as exigências da vida, seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções.

Coisa séria, não é mesmo?

Acompanhe…

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) nos vêm alertando que uma em cada quatro pessoas no mundo sofre de doenças neuropsicológicas, dentre essas, uma estimativa de 9,3% da população é acometida pela Ansiedade. Estamos falando de aproximadamente 18 milhões de pessoas que sofrem desse mal. Sem contar nos dados a respeito da ‘Depressão’, um transtorno afetivo quer tem paralisado e desfuncionalizado milhares e milhares de pessoas em todo o mundo há muito tempo.

Percebamos, portanto, a relevância de os gestores se atentarem ao impacto do trabalho na saúde mental de seus colaboradores e apoiadores, porque um ambiente profissional negativo pode gerar diversos problemas e desgastes cognitivos aos mesmos.

Pensando nisso, a saúde nas empresas passou a ser prioridade!

Até porque a empresa passou a ser corresponsável pela saúde física e mental dos colaboradores, já que eles passam boa parte de suas vidas no ambiente de trabalho. Priorizar a saúde nas corporações começou a impactar diretamente no modo de se gerir uma empresa, ganhando em produtividade, acolhimento e em resposta, mais engajamento e pertencimento dos mesmos.

Um estudo desenvolvido pela Universidade da Califórnia revelou que colaboradores felizes são três vezes mais criativos e 31% mais produtivos. Ou seja, investir na saúde das empresas tem um impacto direto nos resultados.

Entretanto, conseguir manter a saúde nas empresas é um desafio e exige um planejamento de ações que tenha influência nesse sentido.

Separei cinco ações que podem ser desenvolvidas para promover o bem-estar no trabalho:

  • Ofereça um bom plano de saúde;
  • Crie ações de bem-estar dentro da empresa;
  • Planeje ações de prevenção ao estresse financeiro;
  • Promova palestras e campanhas voltadas para a saúde;
  • Atente-se à ergonomia.

Porém, de nada adianta elas serem seguidas se o clima organizacional não contar com bons índices emocionais, ou seja, o ambiente precisa ser favorável, humanizado, estruturado para gerar boas energias e não o contrário.

Dados apontam que, em um clima organizacional mais agradável, é menor as chances de a empresa ter perdas causadas por absenteísmo, em função de faltas, atrasos constantes ou desligamento do trabalhador.

Percebem?

É urgente a necessidade de ser olhar o ambiente profissional como um ‘canteiro de emoções’, onde muito se planta, às vezes, pouco se rega e muito se quer colher. Como pode essa matemática dar certo se não houver forças similares rumando para o mesmo objetivo e sonhando com o mesmo propósito?

Situações como: Depressão, transtorno da ansiedade, uso abusivo do álcool, uso de drogas, desmotivação, queda na produtividade, absenteísmo se somam ao estresse como as principais situações decorrentes do impacto do trabalho na saúde mental dos colaboradores.

Pessoas precisam estar felizes, pessoas precisam ter suas necessidades satisfeitas, pessoas precisam entender a razão para a qual acordaram todos os dias! As pessoas querem poder viver a vida que nascerem para viver, isso em qualquer setor da vida…. No cenário profissional não seria diferente.

É preciso atenção “gestores” ao ambiente muito competitivo, atenção redobrada à rotinas desgastantes, à jornadas de trabalho inflexíveis, às altas cargas horárias, aos relacionamentos interpessoais por conveniência, às lideranças tóxicas e autocráticas ou despreparadas; ao assédio psicológico e sexual; à ameaça de desemprego e à falta de incentivos organizacionais. Todos esses pontos geram impacto negativo na saúde mental e emocional do colaborador, do próprio gestor e seus familiares.

É preciso que as lideranças escolham olhar para seus colaboradores com uma visão menos classicista e tolhedora, de modo a não usar a força de trabalho contra a máquina e sim a favor dela.

Quer ver algo interessante?

Um fator importante a ser considerado é a questão da valorização. Estudos da OMS apontam que aproximadamente 50% dos trabalhadores se sentem ‘comuns’ no trabalho. Em outras palavras, substituível. Isso é pouco estimulante, e muitas vezes desencadeia um estresse incontrolável no colaborador, porque esse se sente aquém de seu cargo, e talvez seja apenas uma questão de ausência de reconhecimento.

O estresse em relação à estabilidade, motivação, comprometimento, entre outros, é gerado constantemente. O colaborador acaba desenvolvendo distúrbios que podem comprometer o seu bem-estar e sua produtividade profissional.

Pasmem: 70% da população brasileira já apresentou algum sintoma relacionado ao estresse, segundo a pesquisa da Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse (Isma Brasil). O pior de tudo, é que 69% das pessoas disseram que o trabalho foi o principal causador!

Essa realidade se alastra como rastilho de pólvora, talvez porque “fazer dinheiro, ter lucro a qualquer preço e a famosa frase “cifrão no olho” estejam permeando a forma de gestão de algumas lideranças no Brasil e no mundo.

Independentemente de haver fatores externos na vida pessoal do indivíduo, o nível de satisfação com o emprego tem um papel fundamental no equilíbrio da mente. Afinal, os trabalhadores passam em média de 8 a 9 horas por dia no ambiente de trabalho. Isso precisa ser considerado!

Práticas do dia a dia devem ser revistas com atenção para que os gestores sejam capazes de identificar as fontes do problema e traçar estratégias de correção.

O que a empresa pode fazer para preservar a saúde mental dos colaboradores?

Uma excelente alternativa para assegurar que o impacto do trabalho na saúde mental de colaboradores polarize mais no positivo, é promover programas que tratem da medicina preventiva sobre a saúde mental, envolvendo todos os colaboradores. Que se busque investir tempo e dinheiro na saúde integral das pessoas, mas não de modo assistencialista e sim com o intuito de promoção de saúde, porque atitudes assim, demonstram o interesse da empresa em alcançar os objetivos e as metas, sem, contudo, deixar de lado todos os cuidados com o bem-estar corporativo.

Iniciativas como investir em palestras, workshops, atendimento psicológico, pesquisas de satisfação e clima, espaços de relaxamento, cultura do feedback, aulas de meditações, yoga, exames, ginásticas laborais, são alguns exemplos do que a organização pode oferecer como um cuidado em prol da saúde física, mental e emocional do colaborador.

É um investimento com retorno certo!

O impacto do trabalho na saúde mental no ambiente corporativo pode ser altamente destrutivo e pode colocar a perder ‘anos de uma empresa’, caso não seja bem administrado.

 Os gestores devem oferecer a condição do bem-estar no local de trabalho para assegurar saúde e respeito ao instrumento de maior valor de qualquer organização: Os trabalhadores!

Eles são o maior capital humano a que se tem conhecimento.

Autora: Letícia Stefanes Pozza
Executiva Nacional da Verità Care
Psicóloga Organizacional
CRP 12/11005

Sou Letícia Pozza, 41 anos, catarinense desde sempre, Psicóloga atuante na área Organizacional, mas com Formação na área Clínica e da Saúde e em Análise Corporal.
Executiva Nacional e responsável pela área na Rede Verità Care Franchising.
“Viciada em gente”, sou apaixonadíssima por processos mentais e comportamento humano e ligadíssima em tudo o que tem a ver com a energia…. Sou ThetaHealler desde 2020 e através desse entendimento, incorporei ainda mais conhecimentos à minha prática terapêutica. Minha inquietude científica me leva à viagens incríveis todos os dias e esse movimento adiciona sempre muita vida à minha vida! Leio por curiosidade, amor e necessidade…. Escrevo porque me encanta! Vivo a procura de encanto. (E você, vive em busca do quê?). Trabalhar com pessoas, relacionar-me com elas e conhecer suas histórias é a minha busca, e através dela vou criando minhas pontes. Nas minhas horas vagas, danço, leio e coloco no papel um pouco do que sinto dentro desse meu coração tempestuoso!

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