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Dono da Villa Germania em Indaial compra a maior produtora de codornas do Brasil

A Good Alimentos, líder nacional em produção de codornas, com sede em Coronel Freitas, no Oeste catarinense, foi comprada pela XWR Investimentos, empresa que já controla a Villa Germania, de Indaial. O negócio foi finalizado nesta semana e não teve o valor divulgado.
Pelo acordo, o grupo vai assumir 76% do capital total da Good, dona da marca Codornas do Chef. Os outros 24% permanecerão com os fundadores do negócio, que passam a ser sócios minoritários.

Em comunicado divulgado ao mercado, a XWR informou que a aquisição reforça a estratégia de construção de um portfólio de referência em proteínas gourmet, ampliando a oferta de aves especiais.
Com capacidade industrial instalada para produzir 20 mil codornas por dia, a Good mantém uma unidade integrada de 360 mil metros quadrados, que vai desde as matrizes até a incubação, cria e o abate das aves.

Essa estrutura agora passa a se somar à da Villa Germania, maior produtora de pato da América Latina e única exportadora da proteína do Brasil, com faturamento de R$ 150 milhões em 2021, criando uma potência no agronegócio de aves premium. A transação, segundo a empresa compradora, abre espaço para o desenvolvimento de novos produtos e otimização das áreas de produção combinadas.
— Queremos transformar a Good Alimentos numa nova Villa Germania, já que tem muito potencial nos mercados interno e externo. No Oriente Médio, por exemplo, onde já somos referência em carne de pato, há grande potencial para a expansão das vendas — diz Marcondes Moser, vice-presidente de Operações da Villa Germania.

De acordo com o executivo, a meta é conquistar ao longo do segundo semestre deste ano a habilitação para a exportação de codornas, seguindo caminho semelhante ao que foi feito com a carne de pato. Esta proteína, hoje, abastece tanto o mercado nacional, com produção mensal de 600 toneladas, quanto a América do Sul, Ásia, África do Sul e Oriente Médio, onde é líder de mercado.
O objetivo, no entanto, é alcançar novos negócios na União Europeia, China e Canadá, triplicando as atuais 4,5 mil toneladas de carne de pato vendidas anualmente para o exterior. A empresa já está habilitada para exportar para mais de 90 países. A meta para 2022 é crescer 50%, com faturamento projetado de R$ 225 milhões.

FONTE: NSCTOTAL