Especialista no sono aponta que o diabetes pode ser tanto um fator de risco para insônia, como também potencializado por ela
São Paulo, novembro de 2022 – No próximo dia 14 é celebrado o Dia Mundial e Nacional do Diabetes. A data marca a principal campanha de conscientização global com foco no diabetes mellitus. São diversas as consequências que a doença pode causar, e a Vigilantes do Sono alerta para problemas no sono como um dos efeitos.
De acordo com Laura Castro, fundadora e psicóloga da healthtech referência no combate à insônia, o diabetes e o sono estão diretamente ligados, isso porque a hiperglicemia, alto nível de açúcar no sangue, tem como um dos seus efeitos a sensação de cansaço excessivo, que pode se associar a muita sonolência.
No entanto, é possível que esta seja uma consequência de um sono de má qualidade, uma vez que a hiperglicemia também causa sede excessiva e um aumento na frequência urinária, o que por sua vez pode provocar uma fragmentação no sono, tornando-o instável. “Neste caso, não tratar o diabetes ou cuidar da alimentação e dos hábitos, pode desencadear uma série de problemas rotineiros no sono, entre eles a insônia”, destaca.
Como a insônia pode potencializar o diabetes?
Embora odiabetes possa causar más noites de sono, o diagnóstico de insônia, por sua vez, exige mais cuidado. Isso porque a insônia se caracteriza por uma recorrência ou persistência dos sintomas de dificuldades para se iniciar e/ou manter o sono, levando a prejuízos para o funcionamento diurno.
“Quando se tem insônia, precisamos estar atentos às consequências. Isso porque o distúrbio do sono causa estresse e alterações cognitivas e de humor, o que às vezes passa despercebido no dia a dia e só quando o efeito já está acumulado e com consequências mais drásticas que se vai realmente notar. O estresse e o nervosismo também diminuem a ação da insulina, que é diretamente responsável por controlar os níveis de glicose no sangue, algo determinante no diagnóstico do diabetes”, explica.
Embora existam diversas causas para a insônia, o tratamento por meio da mudança de hábitos e comportamentos é mais eficaz do que o uso de medicamentos. Além de que os medicamentos para insônia podem gerar dependência física e psicológica, e se transformar em um quadro muito mais difícil de tratar, quando não são manejados adequadamente.
Quanto ao diabetes, os cuidados para evitar o desenvolvimento da doença se fazem cada vez mais necessários, uma vez que a condição crônica tem se espalhado de forma rápida em todo o mundo. Em 2021, a Federação Internacional de Diabetes (IDF) fez um alerta sobre o aumento de 16% na incidência da doença na população mundial. Dados da instituição revelaram que o número de pessoas com a doença aumentou em 74 milhões, totalizando 537 milhões de adultos no mundo em 2021. No Brasil, as estimativas mais recentes somam 16,8 milhões de pessoas com a doença, cerca de 7% da população.
O relatório da IDF destaca ainda projeções quanto à expansão da doença. De acordo com a instituição, até 2030, o Brasil deve ter 19,2 milhões de pessoas com diabetes. Esse número sobe para 23,2 milhões em 2045.
“Assim como qualquer outra doença crônica, é preciso atenção e maior cuidado para o não agravamento da condição. No caso do diabetes que, como vimos, está em uma crescente acentuada em todo o mundo, o acompanhamento é fundamental para se manter a qualidade de vida dos pacientes”, finaliza Laura.
Sobre a Vigilantes do Sono
Com pouco mais de dois anos de atuação, a Vigilantes do Sono rompeu as barreiras de acesso ao tratamento padrão ouro para a insônia e auxilia pacientes e profissionais de saúde na condução da TCC-I (Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia). É hoje o maior aplicativo de sono do Brasil e foi eleita a melhor startup de saúde do maior programa de aceleração da América Latina, a Inovativa. A empresa nasceu do sonho de seus fundadores, Lucas Baraças, Guilherme Hashioka e Laura Castro de ajudar as pessoas a dormirem melhor através de uma solução saudável, sustentável e acessível. Mais informações no site.