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Tecnologia brasileira de monitorização não invasiva da pressão e complacência intracraniana é tema de entrevista no canal da Moberg Analytics (EUA)

Para Moberg, a tecnologia brain4care “poderá abrir um mundo completamente novo” na ciência e na saúde. “Quais outras coisas poderíamos ver? A complacência intracraniana muda em situações de demência? E em casos de enxaqueca? Há tantas situações que provavelmente ainda desconhecemos e agora basta vestir esses dispositivos e checar todas essas condições”, ressaltou durante a entrevista
A tecnologia pioneira de monitorização não invasiva das variações da pressão (PIC) e complacência (CIC) intracraniana da brasileira brain4care chamou a atenção, nos Estados Unidos, de Dick Moberg, pesquisador e empresário veterano do campo de saúde, especializado no monitoramento de sinais neurológicos. Moberg é reconhecido no setor tanto nos EUA como na União Europeia por sua dedicação ao desenvolvimento e ao fomento de novas tecnologias, além de palestrar e escreverregularmente, entre outros temas, sobre monitoramento fisiológico de pacientes com problemas cerebrais e tendências inovadoras nessas áreas. Portodas essas razões, a participação do diretor digital e de operações nos EUA da brain4care, Claudio Menegusso, e do neurologista e pesquisador do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Sérgio Brasil, em uma entrevista sobre a tecnologia no canal do YouTube da Moberg Analytics representa uma sinalização importante para a brain4care e sua tecnologia, sobretudo neste momento de entrada no mercado americano.

O tema principal da entrevista foi o funcionamento do sistema brain4care e o seu potencial para monitoramento e acompanhamento de pacientes em situações de tratamento neurocrítico. “A PIC não invasiva é um Santo Graal há décadas. Eu lembro de ter me candidatado a um edital da NASA que queria fazer algo bastante semelhante, nos anos 80. Eles queriam dar isso às pessoas, mas acho que ninguém conseguiu. Eu já vi muitas pessoas passarem por aqui com algum tipo de medição de PIC não invasiva e são sempre soluções que fazem uma aproximação e ainda não estão prontas para uso concreto. Mas vocês finalmente conseguiram”, afirmou Moberg.
Menegusso e Brasil destacaram que o uso do sistema de monitoramento em situações de cuidado neurocrítico já traz benefícios, como o acesso à morfologia de onda da pressão intracraniana e seus parâmetros associados, mas que o fato de o método não exigir procedimentos cirúrgicos abre caminho para novas possibilidades de monitoramento. Entre elas, a de neuroproteção durante a aplicação associada com a tecnologia invasiva; gerenciamento de hemodinâmica cerebral; acompanhamento de casos de hidrocefalia, de lesão cerebral aguda, de anestesia, de cirurgias cardíacas, punção lombar e hipertensão intracraniana idiopática.

Para Moberg, a tecnologia de base científica, totalmente brasileira, “poderá abrir um mundo completamente novo” na ciência e na saúde. “Quais outras coisas poderíamos ver? A complacência intracraniana muda em situações de demência? E em casos de enxaqueca? Há tantas situações que provavelmente ainda desconhecemos e agora basta vestir esses dispositivos e checar todas essas condições”, ressaltou.

Para assistir a íntegra, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=1R7FgQGQ4p0&t=854s

Sobre a brain4care
A brain4care é uma healthtech brasileira de base científica que desenvolve e oferta tecnologia pioneira de monitoramento não invasivo de variações de pressão e complacência intracraniana. Isso é feito por meio de um dispositivo wearable (um sensor posicionado na cabeça do paciente com uma banda de fixação), acessível e de baixo custo, conectado via internet a uma plataforma analítica, que fornece em poucos minutos informações adicionais que qualificam o diagnóstico, orientam a terapêutica e indicam evolução de distúrbios neurológicos. Por sinal, distúrbios neurológicos são a segunda causa mundial de morte prematura e a primeira de incapacidades, de acordo com estudo publicado na The Lancet Neurology*.
Fundada em 2014 pelo físico e químico Sérgio Mascarenhas (1928-2021) e acelerada no Vale do Silício pela Singularity University em 2017, a brain4care obteve liberação da tecnologia pela Anvisa em 2019, pelo FDA em 2021 e encontra-se em utilização comercial em mais de 0 hospitais e clínicas no Brasil. Além disso, conta com 60 publicações científicas e estudos realizados em centros de referência como USP, Unifesp, Universidade do Porto e Cleveland Clinic. Atualmente, a brain4care prepara sua expansão para o mercado internacional e conta com escritórios no Brasil, em São Paulo e São Carlos, e nos Estados Unidos, em Atlanta. Mais informações: https://brain4.care/

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