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Shadow

Enquanto você não liderar suas emoções, será liderado por elas

E quem é liderado pelas próprias emoções não lidera mais nada — nem carreira, nem empresa, nem família, nem a si mesmo.
A verdade é: sua mente poderosa pode estar sabotando você. E quando ela te sabota, você começa a terceirizar os seus problemas, culpando o chefe, o cliente, o parceiro, os filhos, o tempo, o mercado ou o governo. O perigo? Quando você responsabiliza o externo, a solução também será — e você fica esperando que algo mude, enquanto a vida escorre por entre os dedos.

E olha só, não estou dizendo que os outros não estão errando com você, ok? Estou dizendo que você perde muito tempo de vida, muitas vezes esperando que o outro mude — e eles não estão nem aí pra hora do Brasil, entende?
E você só tem poder de mudar a si mesma, sabe? E em um universo de 13,8 bilhões de anos e uma média de 80 anos de vida, você realmente vai continuar desperdiçando tempo? Não é justo contigo, não é verdade?

Então, se a vida não muda quando o mundo muda, e ela muda quando você muda, bora lá?
Essa mudança não começa com um novo emprego, com mais seguidores ou com um novo planejamento. Ela começa quando você decide liderar a si mesmo.
E, para isso, precisa de algo que nenhuma escola ensinou, mas que define absolutamente tudo que você é e constrói: inteligência emocional.

E a primeira e mais importante habilidade da inteligência emocional é você ter autoconsciência, é você acionar seu poder de parar e perceber.
Não é por nada que o meu novo livro, publicado este ano, tem como título — O Poder de Parar e Perceber, porque esse é o poder mais importante desse século, acredite. No livro você entende o porquê.

Você pode ser brilhante tecnicamente, mas se não sabe lidar com suas emoções, seus resultados terão um teto — e esse teto será emocional.
E você não pode lidar melhor com as emoções se não parar para perceber quais são elas, de onde elas vieram e que movimento estão pedindo que você faça.

Se você explode diante de críticas, se se sabota a cada erro, se silencia por medo de conflito ou acumula mágoas que transbordam no ambiente de trabalho, isso é o que trava sua performance, mancha sua imagem e impede o reconhecimento.
Sabe aquela pessoa que tem tudo para crescer, mas nunca é promovida? Aquela que trabalha duro, mas não prospera? Muitas vezes, o problema não é competência. É emocional.

As emoções mal resolvidas da sua vida pessoal vão atravessar a porta do seu trabalho.
Os traumas não curados da infância vão interferir nas suas decisões como líder, empreendedora ou colaboradora.
A forma como você reage a um “não”, a uma crítica, a uma pressão — tudo isso constrói ou destrói sua autoridade.

A inteligência emocional é o que sustenta sua alta performance com leveza.
É o que diferencia quem lidera com confiança de quem vive se sentindo um impostor.
É o que separa quem precisa provar valor o tempo todo de quem já entendeu o próprio valor — e vibra nele.

Você pode seguir se distraindo com metas e produtividade, mas, sem inteligência emocional, tudo será repetição — e você sabe que problemas que se repetem são um saco.
O mesmo ciclo de frustração, os mesmos gatilhos, os mesmos sabotadores.
E, ainda que você finja que está tudo bem, vaza.
Vaza no seu tom de voz.
Na forma como entra numa reunião.
No jeito de cobrar dos outros aquilo que você mesmo não consegue se dar.
Sentimento reprimido vira comportamento disfuncional.

Liderar a si mesmo é parar de terceirizar a vida.
Não é sobre nunca sentir raiva. É sobre saber o que fazer com ela.
Não é sobre não ter medo. É sobre não dar o volante para ele. É você fazendo ele andar com estratégia clara.

Ser emocionalmente inteligente não é ser inabalável.
É ser humano com maturidade.
Nas minhas mentorias comportamentais, tanto individuais quanto nas empresas em grupos, desenvolvo muito inteligência emocional nas pessoas para que elas tragam o melhor de si para a mesa do jogo, como costumo falar, para que coloquem o melhor de si a favor da sua vida e da vida de outras pessoas.

E, quando se desenvolve isso, as pessoas sabem que não é sobre não cair, mas é sobre cair e levantar com mais sabedoria do que antes.
É sobre saber escolher o seu difícil.
É isso que te torna um profissional respeitado, um líder admirado, um empreendedor resiliente.
É isso que te faz prosperar.

E se você me perguntar por onde começar, te respondo com clareza:
Começa por você. Hoje. Agora.
Começa assumindo que não dá mais para viver no automático.
Que o “esse é meu jeito” pode ser justamente o que está te travando.
Mas também pode ser reprogramado para ser seu maior trunfo.

A inteligência emocional é o músculo que muda sua rota.
E, como todo músculo, só cresce quando é treinado.

Então eu te pergunto:
Você está disposto a treinar sua mente poderosa, liderar suas emoções e conquistar uma vida com alta performance e leveza?
Porque só assim você vai realmente prosperar.

Juci Nones
Mentora comportamental, palestrante e escritora

@jucinones