Historicamente o mês de agosto é marcado por grandes acontecimentos no Brasil e no mundo. Eu poderia citar alguns desses, mas vou focar nas OPORTUNIDADES de onde investir nesse atual cenário político-econômico que apesar de todas as guerras que estamos enfrentando, são muitas para quem INVESTE com estratégia.
Bem-vindos a coluna ” INVESTIR AGREGA” e boa leitura:
Julho/25 encerrou com o presidente dos EUA assinando o decreto que oficializou as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, mas abriu uma série de exceções que abrangem cerca de 40% das exportações brasileiras para os EUA, sobretudo de produtos industriais e commodities. Com isso, o impacto negativo sobre o PIB brasileiro tende a ser menor do que o inicialmente estimado – em torno de -0,2 ponto porcentual, segundo o time de análise de economia do Banco Safra. Entre os principais itens afetados pela tarifa de 50%, o Safra destaca o café, carnes e cacau. No entanto, por serem commodities, são mais aceitos em outros mercados. Além disso, considerando a relevância dos produtos ainda não isentos (como café, carnes e cacau), o mercado começa a vislumbrar espaço para o anúncio de uma nova rodada de exceções tarifárias.
Portanto, a notícia traz alívio para os mercados e ajuda a sustentar a tese de que a bolsa brasileira apresenta boas perspectivas para o médio prazo, pois conta com a avaliação ainda descontada de empresas de qualidade. O múltiplo de negociação de 7,2x o P/L em 2026 está 28% abaixo da média histórica de 10 anos. E por isso, um consenso de mercado de que o Ibovespa tem potencial para alcançar os 170 mil pontos em 2026, hoje no patamar de aproximadamente 134 mil pontos.
Outra análise que corrobora para essa expectativa de ganhos na bolsa brasileira é o Fluxo de estrangeiros na B3 que embora o saldo seja positivo em R$ 20,5bi em 2025, em julho as incertezas relacionadas às tarifas levaram a uma inversão do fluxo positivo dos últimos dois meses, e a bolsa apresentou saída mensal acumulada próxima a R$ 6bilhões. Porém, os especialistas do Safra acreditam que, com a estabilização das tensões comerciais, o movimento de rotação de recursos dos mercados norte-americanos em direção a mercados emergentes poderia continuar potencialmente voltando a beneficiar o Brasil, especialmente se a temporada de resultados confirmar balanços ainda equilibrados e se os dados de inflação continuarem mostrando desaceleração.
Cenário positivo mantido para o Ibovespa mas e os JUROS BRASIL, onde vai parar ou já parou ?
O Banco Central encerrou o ciclo de alta de juros, mantendo a SELIC em 15% aa reforçando o caráter restritivo da política monetária. O IPCA-15 de julho veio em linha com as expectativas, com alta de 0,33%, acumulando 5,30% em 12 meses. Os preços de alimentos (+0,40%) e serviços (+0,45%) foram os principais responsáveis pela pressão inflacionária. A taxa de desemprego divulgada pelo IBGE foi de 5,8%, abaixo da expectativa de 6,0%, marcando o menor nível da série histórica e indicando um mercado de trabalho aquecido. No mercado secundário de crédito privado, o IDEX DI apresentou estabilidade no mês de julho (+0,05p.p. M/M). Enquanto isso, o IDEX Infra seguiu com a trajetória de fechamento de spreads (-14p.p. M/M), impulsionada pela maior demanda por títulos isentos em meio à proposta de tributação. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve manteve a banda da taxa de juros entre 4,25%-4,50%.
Mantenho uma visão positiva para a renda fixa, para títulos atrelados à inflação (IPCA+) com vencimentos intermediários como NTN-B 2030 e 2033. Também destaco os títulos pós-fixados (%CDI / CDI+), que continuam atrativos diante da Selic em dois dígitos, além de proporcionarem menor volatilidade à carteira.
Portanto, a palavra chave para obter os melhores retornos no mundo dos investimentos: DIVERSIFICAÇÃO!
Diversificar seus INVESTIMENTOS com uma boa estratégia e visão global, faz toda diferença.
Defina os seus objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo e tenha uma assessoria de investimentos ativa e com foco no crescimento do seu patrimônio.
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INVESTIR AGREGA!
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Colunista: Lydiane Leal, especialista em investimentos com 21 anos de mercado financeiro, MBA em finanças com ênfase em Gestão de Investimentos pela FGV e Sócia Fundadora e CEO da Agrega Investimentos & Corporate, escritório de assessoria de investimentos credenciado ao BANCO SAFRA.
