
Ao longo de mais de uma década atuando como franqueador em diversos segmentos, muitas vezes escutei de alguns empresários que o verdadeiro empreendedor é aquele que faz tudo sozinho. E, com uma risadinha no canto da boca, alguns ainda diziam que “ter uma franquia é Nutella”.
Minha opinião, na maioria das vezes, foi me calar. Não por concordar, mas por entender que opiniões são visões unilaterais — e apenas quem conhece os dois ângulos dessa jornada, ou seja, ser o franqueador que criou o negócio e também possuir uma unidade franqueada do próprio sistema, pode responder essa pergunta com propriedade.
O fato que trago hoje nesta coluna é simples:
Ter uma franquia, sim, encurta caminhos e evita muitos buracos que o franqueador já pisou ao longo da jornada de formatação da marca.
Mas isso não exclui — jamais — a necessidade de aprendizado, resiliência, foco, motivação e, principalmente, constância no desempenhar das funções como empreendedor.
Franquia não é sinônimo de sucesso garantido, mas sim a tradução de um negócio que já foi validado.
E é aí que entra o papel do franqueado: na sua cidade, na sua região, no seu ponto comercial, com sua cultura local e com sua equipe, ele testará sua verdadeira capacidade empreendedora e de liderança.
Será necessário, sim, trabalho árduo.
Será necessário, sim, comprometimento.
E, acima de tudo, será necessário ter muita vontade de fazer dar certo.
Portanto, para quem ainda se pergunta se ter uma franquia é empreender, minha resposta é clara:
Sim! Ter uma franquia é empreender — de uma forma única.
É empreender com base em um modelo testado.
É empreender com suporte.
É empreender em rede.
E, principalmente, é empreender com a oportunidade de compartilhar seus desafios, ideias e soluções com outros que vivem a mesma realidade.
O que torna uma marca franqueada forte não é apenas a marca em si, mas sim uma rede colaborativa que compartilha tudo o que vivencia no dia a dia.
Sozinho, somos fortes.
Mas em uma rede unida, somos imbatíveis.